quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Terceiro Conselho de Tiago- Exercitem o domínio da língua

TIAGO 3.1-12 E 4.11 INTRODUÇÃO São incalculáveis os danos que uma pessoa pode causar à igreja quando não usa adequadamente sua língua. Seus efeitos podem ser comparados à implosão de um prédio, que em poucos segundos vem abaixo por ter a sua base minada por explosivos. A palavra de Tiago é dirigida especificamente aos mestres e àqueles que desejavam esta vocação. Tiago adverte que a responsabilidade do mestre é grande, pois as suas palavras podem edificar ou destruir vidas, se usadas com bons ou maus intentos. Ainda que nominalmente nem todos sejam mestres, o crente, cuja vida deve servir de modelo, de exemplo, aos que estão à sua volta, tem no uso da língua a responsabilidade de salvar vidas pelo ensino e pregação da Palavra. Ao contrário, o que vemos hoje, são irmãos usando suas línguas para ferir, amaldiçoar, blasfemar, maldizer, mentir, murmurar, dizer palavras torpes... O Conselho de Tiago é que “não convém, meus irmãos, que se faça assim (Tg 3.10b)”. O crente deve usar adequadamente sua língua exercendo pleno domínio sobre ela. ANÁLISE DO TEXTO “não sejais muitos de vós mestres.” (Tg 3.1) A advertência é para aquele que aspira ao magistério com réprobas intenções: para ter a honra de mestre; para ensinar o que não está disposto a fazer; para ferir as demais pessoas com palavras duras. Tiago diz que do mestre são maiores as cobranças. Por isso mesmo receberá juízo mais severo. Três metáforas: cavalos, navios, fogo. (Tg 3.3-6) Tiago usa estas três metáforas para falar do poder destruidor da língua quando mal usada. As duas primeiras servem para ensinar o modo como dominá-la. A terceira revela o seu poder destruidor. O cavaleiro consegue dominar um cavalo apenas com um pequeno freio colocado na boca do animal. O timoneiro, com a ajuda de um pequeno leme, consegue conduzir o navio para onde quer, mesmo em meio à tempestade. Para o apóstolo, o homem que põe um freio na sua boca consegue dominar sua personalidade inteira (Tg 3.2). Se o crente puder controlar sua língua é quase certo que poderá controlar tudo o mais. Entretanto, se não controla sua língua, fugir-lhe-á o controle das demais áreas da sua personalidade. O resultado disto é a destruição de tudo o que está à sua volta e de si mesmo. “gaba-se de grandes coisas” – (Tg 3.5) O uso desenfreado da língua leva à vaidade, à vanglória, à soberba com que certos crentes aplicam a sua língua. Alguns cristãos exaltavam a sua “sabedoria”, as suas posições de mestres, como se fossem detentores da fonte do saber. Outra metáfora – a língua é um fogo (Tg 3.6) Tiago chama a atenção para os efeitos de uma língua não controlada pelo Espírito Santo: é um fogo destruidor. Assemelha-se a uma fagulha que incendeia toda uma floresta. Tiago ilustra com a metáfora do fogo o poder destruidor da língua. O fogo, que começa com uma centelha, destrói uma floresta inteira, consumindo tudo o que está a sua frente. Quando tiver destruído tudo por si mesmo se destrói, apaga, por não ter mais o que consumir. Do mesmo modo, a língua tem semelhante poder destruidor. contamina o corpo inteiro - a língua leva o indivíduo a toda a sorte de pecado. Pelas palavras de sedução, a língua conduz uma pessoa ao adultério. Leva à mentira, à maledicência, à contaminação do corpo. inflama o curso da natureza – no texto, inflamar quer dizer incendiar, destruir. Deus deu um curso natural a todas as coisas. A natureza é regida por leis que o Criador estabeleceu. Tiago ressalta que até mesmo o curso da natureza está em perigo quando a língua é mal empregada. A língua tem também o seu curso natural. Tiago revela que a língua foi dada ao homem para bendizer ao Senhor e também aos nossos semelhantes (Tg 3.9,10). Mas o mal uso perverte o seu curso natural, levando-a a amaldiçoar vidas e ao próprio Deus. “mas a língua, nenhum homem a pode domar” (Tg 3.8) O homem natural, que não tem o Espírito Santo, não consegue, por suas próprias forças, frear e dominar sua língua. Contudo, o homem espiritual somente terá domínio sobre sua língua se deixar-se dirigir pelo Espírito Santo. Assim, obedecerá ao que diz a Palavra. “está cheia de peçonha mortal” - a serpente tem em suas mandíbulas uma “bolsa” de veneno. Quando pica sua vítima, a bolsa é comprimida e o veneno escorre pelas presas e o veneno é injetado. A língua, quando usada para o mal, é tal qual a peçonha percorrendo o corpo da vítima: mata ou destrói. É a arte de “detonar” pessoas. Poucas palavras são suficientes para tirar um irmão da frente de trabalho, causar constrangimento, desconforto e desânimo, a ponto de não mais voltar à igreja. “com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.” (Tg 3.9) A palavra amaldiçoar na língua original significa “invocar o mal, orar para que venha o mal, proferir imprecações contra.” Tem o objetivo de prejudicar e degradar. Tiago adverte que amaldiçoar o próximo, feito à imagem e semelhança de Deus, é o mesmo que amaldiçoar o Criador. “não faleis mal uns dos outros.” (Tg 4.11) A crítica de Tiago deve-se à atitude de se falar mal da pessoa ausente, que não tem como se defender. A palavra que ele usa tem o sentido de denegrir, difamar. A ordem expressa é parar com tal atitude por comprometer o evangelho. O CONTEXTO DE TIAGO Os mestres existentes estavam pervertendo os ensinamentos da Lei e o evangelho recebidos. Usavam o ensino para autoglorificação, como trampolim para galgarem os primeiros lugares e, por este motivo, espantavam os demais irmãos. Havia, por parte de alguns, o desejo de se tornarem mestres sem terem sido preparados pelo Senhor para esta tarefa. A maledicência estava arraigada naquela comunidade cristã. Aqueles irmãos acusavam-se entre si, mas nas reuniões fingiam piedade uns dos outros. O NOSSO CONTEXTO Tal qual nos dias de Tiago, há um número considerável de pessoas que querem ser mestres aos seus olhos. Geralmente apregoam o que não está escrito na Bíblia, distorcem a verdade bíblica difundem sua própria ideologia. Os poucos mestres que encontramos na igreja pecam pela negligência de não lerem a Bíblia (Rm 12.7). Quando a leem, o fazem às carreiras. Pouco ou nada têm a acrescentar com os seus ensinos. São superficiais em suas experiências e conhecimentos espirituais. Esqueceram-se de que o mestre aos olhos de Deus é aquele que conhece a sua vontade e sabe conduzir o homem à presença de Deus. A maledicência impera na igreja hoje e parece ser o mal que mais tem afastado as pessoas do evangelho. A igreja é vista como local de fofocas. Irmãos que falam mal dos músicos, do pastor, do culto, dos moços, dos velhos, da Bíblia, de Deus. Tornaram-se constantes expressões do tipo “Não é para falar mal, mas”, “Já sabe do bafão?” “Você precisa saber da última!” e introduzem-se os comentários maldosos. Pode-se não ter tempo para ler a Bíblia, orar, evangelizar, mas há tempo de sobra para as fofocas. As acusações estão por toda a parte. Qualquer coisa que sai errado na igreja há trocas de acusações severas. Tem de haver um culpado sempre. Será que Deus está satisfeito com tudo isto? CONCLUSÃO Na minha infância era comum o meu pai advertir-me com a expressão “dobre a sua língua”, dizendo o mesmo que “meça as suas palavras”. Como crente você deve pensar nas consequências que lhe trarão as palavras que vier a proferir. Se usar sua língua para o bem, sua vida será uma bênção para o evangelho e o próximo. Quando alguém chamá-lo(a) para falar da vida de outra pessoa, tome cuidado. Se você perceber de imediato que a conversa não será nada edificante, seja categórico e não prossiga. Proponha uma oração pelo irmão que está sendo apontado pelo outro. Sugira procurar o seu pastor para expor os fatos. Ele saberá lidar com a situação e, certamente, buscará a melhor forma para solucionar o problema. A maioria das pessoas que se deixam envolver em conversas maledicentes ou fofocas acabam se arrependendo amargamente. Pagam um alto preço, chegando à conclusão que escolheram o caminho errado. Use sua boca para louvar e os seus lábios para glorificar a Deus. Peça ao Senhor que o(a) ajude a refrear sua língua em todo o tempo, e só usá-la para abençoar o seu irmão. Leituras diárias: segunda-feira Provérbios 18.21 terça-feira Tito 2.7-8 quarta-feira Tiago 1.26 quinta-feira Tiago 3.1-6 sexta-feira Tiago 3.7-12 sábado Tiago 4.11 domingo I Pedro 3.10

Um comentário:

Blog Safira Santos disse...

Parabéns pelo artigo. ainda estou na igreja porque tenho plena convicção de que nada e nem ninguém poderá me separar do amos de Deus que está em Cristo Jesus. Mas está muito difícil. comecei fazer o seminário em 2008, conclui em 2011 e desde que comecei tenho passado por grandes lutas e desprezo dentro da igreja. fui pregadora da Palavra de Deus durante 13 anos sem ter feito nenhum seminário, durante todo esse tempo resistindo ao chamado do Senhor. quando então em 2008 decidi não mais resistir então começou a minha batalha e a discriminação. estou há quase quatro anos enfrentando todo tipo de discriminação onde a liderança da igreja alega que o meu seminário não faz parte da ABIBET pois fiz em vitória ES. pelo seminário batista ESUTES. daí isso tem me impedido de ser escalada até mesmo para dirigir um culto talvez estou aproveitando este artigo para desabafar é porque não aguento mais estou pensando em deixar até mesmo a igreja pois se não sirvo pra nada não há razão de continuar uma vez que desde que me converti em 1997 fui ativa na obra de Deus e nunca fui de ficar em banco estou comentando esse maravilhoso artigo com lágrimas de ver que o veneno que foi relatado tem percorrido as minhas entranhas e me matando aos poucos. estou cursando psicologia e acho que é como se fosse um refúgio para que eu não desista de servir ao meu senhor porque nessa área creio que poderei ajudar muitas pessoas para a honra e glória do meu Senhor. Parabéns que Deus continue abençoando essa igreja de Cristo. e ao anjo desta.

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