sábado, 10 de novembro de 2012

Quarto Conselho de Paulo: Vivam para agradar a Deus!

Gálatas 1.6-12 O próximo conselho que vamos estudar ratifica a nossa caminhada na pista da prática das nossas convicções e da nossa fé. Nós o extraímos do texto de Paulo aos Gálatas, uma carta corajosa e exortativa, na qual o apóstolo começou deixando claras duas convicções fundamentais para a vida de todo cristão: que evangelho ele vivia e a quem ele queria agradar com a sua vida. Na verdade uma convicção demanda a outra, ou seja, só quem segue o puro evangelho tem a consciência de que viver de verdade é viver para agradar a Deus. Qual é a sua? Podemos facilmente dividir a humanidade em três grupos com identidade bem clara, a partir desta perspective que indaga sobre a natureza do evangelho que seguimos e a respeito daquele a quem nós desejamos agradar com o modo como vivemos: 1. Farinha pouca, meu pirão primeiro. O primeiro é o grupo dos que vivem para agradar a si mesmos. As pessoas que vivem assim, pouco ou nada se importam com os outros, ou com Deus; querem apenas aquilo que os beneficie diretamente. A pergunta delas sempre é: “E o que eu vou ganhar com isso?”. Trata-se de um estilo de vida egoísta, no qual não existe lugar para a solidariedade, para o socorro, para a comunhão, nem tampouco para considerar os desígnios divinos. É um modelo completamente avesso ao evangelho de Jesus Cristo, o qual propugna por uma vida totalmente comprometida com o próximo. Pessoas que vivem assim amam o eu. É o meu carro, a minha casa, o meu lugar no santuário, o meu ministério, o meu dinheiro, a minha vida. E porque amam e vivem em função do eu, tornam-se mesquinhas, avarentas, materialistas e, não muito raro, pedantes, prepotentes e autossuficientes. Também desenvolvem insensibilidades, frieza e transformam-se em pessoas desprovidas de empatia, hospitalidade e espírito de serviço. Convertem-se, com o tempo, em pessoas isoladas e infelizes. 2. Mas o que as pessoas vão pensar? O segundo é o grupo dos que vivem preocupadas em agradar aos outros. Para estarem ou se sentirem bem, precisam da aprovação das pessoas que, de alguma forma, representam autoridade ou exercem influência sobre suas vidas. Às vezes é o cônjuge, mas pode ser o patrão, o amigo, o pai ou a mãe, o líder ou até mesmo alguém a quem quer impressionar. Os que vivem assim sofrem muito e passam boa parte da vida frustrados, tristes e amargurados, pois agradar ao ser humano é tarefa das mais desafiadoras e complexas, especialmente quando se deseja agradar a todas a pessoas. Um pastor norte-americano disse, anos atrás, que embora ainda não tivesse descoberto a chave para o sucesso, ela já descobria o segredo para o fracasso: “Desejar agradar a todos”. A dificuldade em agradar às pessoas reside na própria essência do humano. O ser humano é volátil , inconstante e insaciável. Corresponder às suas expectativas é, portanto, tarefa inglória. 3. “Não se faça a minha vontade, e sim a tua.” O terceiro é o grupo dos que escolheram viver para agradar a Deus. A preocupação das pessoas que pertencem a este grupo é acertar com a vontade de Deus e alegrar o coração dele. As consequências imediatas e inevitáveis desta escolha são ao mesmo tempo óbvias e desafiadoras. Viver para agradar a Deus significa desagradar a pessoas e interesses avessos ao querer divino; ainda implica atrair sobre si a ira daqueles que militam contra os princípios do evangelho; vai desdobrar-se, também, em perdas, rejeições, ataques e até perseguições (Mateus 5.11,12; 2 Timóteo 3.12-14). No entanto, a consciência tranquila de que se vive para agradar a quem de fato vale a pena, é indescritível. Faça a vontade de Deus Paulo deixou logo bem claro, para os gálatas, que pertencia ao grupo dos que escolheram fazer a vontade de Deus e viver para agradar-lhe (Gl 1.10). Ao fazê-lo, o apóstolo revelou algumas verdades muito especiais acerca de sua identidade e de sua vida. Tais verdades como que resumem o DNA do servo de Cristo. 1. O servo de Cristo não procura agradar a homens (Gálatas 1.10) O entendimento desta verdade é de fundamental importância para quem vive para o louvor da glória de Deus. Ao iludir-se com a glória humana, por isso efêmera e trivial , o homem abandona o caminho do serviço a Cristo para tornar-se escravo dos que procuram lisonjear com o que ele faz. Empobrece, portanto. O servo de Cristo o honra e agrada a Ele, mesmo ao custo da dor, da perda e até da morte. A história está eivada de exemplos de homens e de mulheres que pagaram um alto preço por insistirem em agradar a Deus. Basta mencionar a postura assumida por Pedro e João, que, mesmo sendo presos e ameaçados, preferiram deixar claro a quem faziam questão de agradar em suas vidas (At 4.18-20). Na nossa vida diária, em todas as dimensões da nossa caminhada, somos instados a negar a nossa fé, fazendo concessões ou abrindo mão dos valores do evangelho de Cristo, às vezes até em troca de benefícios materiais, tudo para satisfazer a ambições, desejos e caprichos de homens. Em horas assim exemplos como o dos apóstolos Pedro e João nos estimulam a pagar o preço do discipulado e honrar a Deus, mesmo que seja com a nossa dor. 2. O servo de Cristo recebe dele as instruções para o serviço (Gálatas 1.12) Não é possível servir a Cristo sem receber dele as instruções. Ele é quem dá as coordenadas e as diretrizes para a execução do serviço. É por intermédio da sua Palavra que Deus apresenta as instruções para os seus servos. Ao obedecer às diretrizes do Senhor e ao seguir suas instruções, o servo assegura bênção e êxito no cumprimento de sua missão. Aqui temos uma instrução muito importante. Ninguém pode servir a Cristo da forma que deseja. É preciso servi-lo da forma como Ele deseja ser servido. Também é necessário que o servo compreenda o escopo e a abrangência da tarefa a ele delegada. Precisa sempre estar ciente dos limites estabelecidos por aquele que o comissionou. 3. O servo de Cristo anuncia o evangelho com fidelidade (Gálatas 1.11) A verdade e as implicações do evangelho não raro contrariam interesses e incomodam muita gente. Tentativas no sentido de influenciar o servo de Cristo a mudar sua mensagem, quer diminuindo-a, quer distorcendo-a; quer abrandando-a, ou mesmo adulterando-a, são frequentes e insistentes. No entanto, o evangelho puro precisa ser anunciado por lábios puros, resultantes de mentes e corações santos e tementes a Deus. A mensagem do evangelho não pode ser alterada, sua essência não pode ser negociada, seu significado não pode ser ocultado e as consequências de ignorar ou rejeitar sua proposta de vida não podem ser relativizadas, omitidas ou omitidas. Por tenderem ao desvio do evangelho a eles anunciado, os gálatas foram veementemente exortados por Paulo, que se referiu a eles como “insensatos” (Gálatas 3:1). A palavra grega é ‘anoetos’, e tem o sentido de “falto de entendimento” ou “tolo”. O ensino de Paulo foi que jamais eles poderiam ter trocado a verdade límpida do evangelho por algum outro que não era propriamente um “outro” (Gálatas 1.6-9); pois seria uma confissão pública de tolice ou insensatez. O desafio a nós lançado, como conselho, pelo apóstolo, é que vivamos a nossa viva, em nosso tempo, focados e obstinados a agradarmos a Deus, optando por fazer sua vontade, tornando-nos servos leais de Jesus Cristo, vivendo para amá-lo, honrá-lo e agradar-lhe em tudo. Leituras diárias: segunda- feira Gálatas 1.6-12 terça-feira 1 Tessalonicenses 4.1-7 quarta-feira Hebreus 11.6 quinta-feira Mateus 5.11,12 sexta-feira 2 Timóteo 3.12-14 sábado Gálatas 1.10 domingo Atos 4.18-20

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