terça-feira, 2 de outubro de 2012

Segundo Conselho de Paulo: Façam do amor a prioridade

Texto: 1Corintios13 Seguindo na trilha da lição anterior, em que aprendemos que o cristianismo não é e não pode ser uma mera religião com rituais, liturgias e discursos desconectados da realidade; é antes um estilo de vida, no qual, dia a dia, tenta-se agir de forma a respeitar os princípios e os valores do evangelho. A lição de hoje vai tratar de uma questão que desafia os cristãos desde sempre: a prática do amor. O Segundo conselho de Paulo para a vida cristã está em sua primeira carta aos cristãos que viviam na cidade de Corinto, na Grécia. Muitos dizem que a igreja de Corinto foi a mais difícil na experiência pastoral de Paulo. No entanto, o apóstolo aos gentios ministrou a essa igreja com a mesma dedicação e amor com que o fez às demais. Extremamente pragmático e oportuno, o conteúdo desta carta paulina tem relevância inquestionável para a igreja de hoje. O foco na questão do amor objetivo sobressai dentre tantas outras, também importantes na epístola. Falar é fácil Como quase tudo na vida, falar de amor é fácil; amar mesmo é que se revela difícil. Paulo usou uma estratégia extremamente didática e feliz para tratar deste assunto com a igreja de Corinto. Observe que ele está, no capítulo 12 desta primeira carta, discorrendo sobre os dons espirituais. Note também que o assunto do capítulo 14 continua sendo dons. Paulo inseriu um capítulo sobre o amor no meio de um tratado sobre dons espirituais. Ele estava ensinando aos coríntios que até mesmo as experiências mais extraordinárias que a fé e a espiritualidade oportunizem, nada significam se o amor não for a marca principal da igreja. Hoje em dia temos igrejas de todo tipo. Há a igreja que faz missões, a que evangeliza, há a igreja que adora e grava CD, a que ensina e discipula, a que faz eventos sucessivos, há a igreja que mantém centros comunitários, a que tem o foco nas crianças. Tem a igreja em célula, a igreja com celular e a igreja celular; há a igreja no modelo dos 12, também no modelo dos 7 e no modelo dos 10; fala-se de igreja multiplicadora, igreja com propósito, igreja da rede ministerial, igreja dos atletas, dos artistas e igreja dos surfistas. Enfim, há igreja de todo tipo. Não condenamos nem exaltamos nenhuma, até entendemos o que o pastor Rick Warren, da Igreja de Saddleback, em Lake Forest, Califórnia, EUA, precursora da filosofia de igreja dirigida por propósitos, quis ensinar quando disse que “é preciso ter todo tipo de igreja para alcançar todo tipo de pessoa”. Ou seja, o fato de existirem igrejas de vários estilos e que usem várias metodologias ajuda na tarefa evangelizadora. Mas a questão é: onde está a igreja do amor? Sim, onde está a igreja em que, independentemente de estilos e modelos, metodologias e estratégias, as pessoas se amam de verdade e conquistam, pelo amor, vidas e mais vidas para o Senhor? O método do “discípulos, se tiverdes amor uns para com os outros”(Jo 13.35). Amor que viabiliza a unidade e faz o corpo de Cristo crescer (Jo 17.21). O Amor que é evidência de comunhão com Deus (1Jo 4.8). O que é mais fácil, treinar 30 líderes de pequenos grupos, implantar uma filosofia eclesiástica fundada no radicalismo do princípio da submissão à autoridade, organizar eventos e mais eventos, ou ensinar a igreja a amar de verdade? Por escolher o caminho mais fácil, a igreja está perdendo o que há de mais precioso na experiência cristã genuína: a prática do verdadeiro amor e, por conseguinte, os frutos desta prática. Vale a pena parar para refletir sobre isso. É imperioso que a igreja de hoje considere seriamente este desvio de efeitos terríveis para os interesses do reino de Deus. O amor é insubstituível Neste capítulo 13 de sua primeira carta aos Coríntios, Paulo pontua algo que hoje, quase dois milênios mais tarde, precisa voltar a ser destacado: é inútil querer substituir o amor! Em todas as dimensões possíveis de serem imaginadas o amor é insubstituível. Desejar substituí-lo por dinheiro, adulação, privilégios, bens materiais e oportunidades revela-se inútil e improdutivo. Para o amor não existe ‘plano B’. Acompanhe. 1. Experiências espirituais e religiosas não substituem o amor (1Coríntios 13.1) Sem amor, até as experiências mais misteriosas e profundas são pervertidas em motivos de competição, rivalidades e divisões na igreja. É o amor que vai sinalizar a genuinidade da experiência espiritual. Um cristão sentir-se superior a outros pelo fato de ter este ou aquele dom, ou de exercer este ou aquele ministério, é um contrassenso, um absurdo, algo simplesmente incoerente com a fé cristã. 2. Conhecimento, capacidade e fé não substituem o amor (1Coríntios 13.2) De uma vez por todas cada cristão precisa entender que seu conhecimento, sua capacidade e até mesmo sua fé, independentemente do seu alcance ou profundidade, tornam-se presunção, ostentação e religiosidade inútil quando o amor está ausente. O amor tem a propriedade de agregar relevância social às nossas riquezas pessoais. 3. Caridade e autossacrifício não substituem o amor (1Coríntios 13.3) Atos de misericórdia praticados sem a motivação do amor soam mecânicos, insinceros e protolocares. Com a motivação do amor, são transformadores. O protocolo faz uma pessoa concordar com um desconto em seu salário em contribuição para uma instituição social; o amor faz esta mesma pessoa ir até a instituição, conhecer e interagir com os necessitados. Por outro lado, passar uma noite sem dormir num velório, conduzir uma pessoa em uma longa viagem, entregar uma cesta básica, sem um sorriso amoroso no rosto, com murmuração, reclamando de tudo, soa hipócrita, retórico, frio. O amor faz o beneficiado ver Cristo no rosto do que ajuda. O amor é produtivo Aqui temos algo muito importante: O amor cristão não é contemplativo, abstrato e teórico. Antes é proativo e produtivo. Em outras palavras, o amor cristão funciona primeiro nele e, por intermédio dele, na vida do seu próximo. Ao melhorar as nossas vidas, o amor melhora nossas relações. 1. Você pode ser uma pessoa melhor (1Coríntios 13.4) Quando o amor está presente, melhora a nossa vida na dimensão pessoal. Não somos mais levados pelo imediatismo, usados pela maldade, pelo ciúme ou orgulhosos esnobes. Assim tornamo-nos melhores cônjuges, pais, filhos, patrões, empregados, melhores cidadãos e melhores crentes. Precisamos destacar que um dos quadros mais tristes numa igreja é a falta de amor, que leva ao julgamento, ao alijamento, à rejeição e até à destruição emocional do outro. Por outro lado, o amor cura os relacionamentos. 2. Você pode se comportar melhor (1Coríntios 13.5,6) Relacionamentos saudáveis só são possíveis com amor. Com amor pesamos nossas ações, avaliamos nossas motivações, controlamos nossos impulsos e administramos nossas emoções. O amor é o “GPS” que nos indica e monitora sempre nas trilhas da verdade e da justiça. Nosso comportamento revela se o nosso “GPS” está funcionando bem ou não. 3. Você pode amadurecer (1Coríntios 13.7-11) As situações da vida que nos reservam sofrimentos, desafiam a nossa fé e treinam a nossa resistência, cooperam para o nosso amadurecimento, quando o amor assume a direção. Circunstâncias quando o que nós sabemos e o que desconhecemos, o que esperamos e o que já vemos não bastam para o seu enfrentamento, o amor funciona quando espaço lhe é dado para estabelecer-se. O amor é superior Vivemos num tempo que entroniza o pragmatismo , o materialismo e o hedonismo ; como cristãos precisamos levar o amor de Cristo para as ruas, transportando-o em nossos corações. Ao priorizarmos o amor em nossa experiência de vida, alinhamos o enredo da nossa peregrinação com o roteiro divino, que o estabelece como elemento normatizador, modelador e motivador da nossa vida, acima mesmo da fé e da esperança que o ladeiam. Eis o conselho de Paulo para vida cristã: Priorizemos o amor. Leituras diárias: Segunda-feira João 15.12,13 Terça-feira Romanos 12.9-21 quarta-feira 1 Tessalonicenses 3.12,13 quinta-feira Mateus 22. 36-40 sexta-feira 1 Pedro 1.22 sábado João 15.13 domingo Romanos 8.35-39

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