segunda-feira, 14 de maio de 2012

A FAMÍLIA DIANTE DOS PROBLEMAS SOCIAIS

Texto bíblico: Romanos 12.9-21 Texto áureo: Romanos 12.18 O escritor paulistano Fernando Bonassi testemunhou: "Eu vivo num bairro que tem ruído de helicóptero. Deve ter gente que sobe no prédio, pega o helicóptero, desce na empresa e não pisa no chão. Gente, que não vê a miséria porque está sempre voando" (Ultimato, nº 281, pág. 18). Aproveitando a rica imagem do texto, talvez não haja muitos que estejam voando literalmente, mas muitos há que não estão nem aí para a situação deplorável de milhares de brasileiros que estão em sub-condições de vida. Vamos procurar analisar neste estudo algumas destas questões sociais incômodas e deixaremos outras para os estudos seguintes, em que teremos mais espaço para nos aprofundar. As doenças sexualmente transmissíveis Um dos problemas sociais de nossos dias é a presença macabra das doenças sexualmente transmissíveis em grande quantidade, como se epidemia fosse, a assustar a nossa população. Se a medicina conseguiu controlar e curar as populações de risco (prostitutas, homossexuais e usuários) de doenças mais antigas, conhecidas no passado como doenças venéreas: cancro, sífilis, blenorragia, entre outras, a AIDS (Síndrome da Imuno-Deficiência Adquirida) é o fantasma que persegue o mundo contemporâneo. São milhões de indivíduos infectados e o Brasil está na dianteira dos contaminados. A igreja precisa alertar os seus jovens e adolescentes quanto ao problema; condenar a apologia da camisinha como alternativa para sexo seguro; e, sim, proclamar o casamento como visão de Deus para o exercício de uma sexualidade sadia e responsável (Lv 18.22-30; Hb 13.4; Ap 21.8; 1Tm 3.2; 5.22). O abuso sexual infantil Filho caçula da libertinagem que se vive em nossos dias, o abuso sexual infantil é outro grave problema de nossa sociedade. Mais presente do que se supunha, e mais cruel do que se imagina, o abuso sexual infantil é monstruoso a partir do momento em que se tem, nas vítimas, indefesas crianças, que ainda não aprenderam a dizer não para os adultos. E o pior, está comprovado que o abuso sexual infantil, de meninas e meninos, parte, em sua maioria, de familiares das vítimas ou de pessoas com quem elas convivem (amigos, vizinhos). E, infelizmente, para gáudio de Satanás, o tema já é recorrente no meio evangélico, demandando até estudos por parte do CPPC (Corpo de Psiquiatras e Psicólogos Cristãos). Precisamos estar alertas quanto ao tema, os pais preservando seus filhos de tais monstruosidades e a igreja contribuindo de alguma forma para a conscientização populacional do problema e o amparo de crianças atingidas pela questão (Lv 18.6-21; Mt 19.14). A gravidez na adolescência Sobrinha rebelde da licenciosidade social, a gravidez na adolescência atingiu índices alarmantes no país. Cada vez em maior quantidade e, cada vez mais cedo, os adolescentes iniciam a sua vida sexual. Tudo isto é fruto de uma sociedade permissiva, mas também da ampla divulgação que a mídia faz da sensualidade, da lascívia, com exposição frequente de corpos desnudos em horários comerciais na tevê e apelos sutis à sensualidade por intermédio das músicas, danças, programas de auditório, novelas e até mesmo nos horários diurnos, ditos infantis. É mais ou menos assim que funciona a moral secular: Deixe sua filha e seu filho à vontade na escolha de sua sexualidade e, depois, qualquer problema, ligue para o Disque Denúncia. A igreja deve precaver-se do problema, mesmo porque nossos pré-adolescentes e adolescentes são seres sexuados, vivem neste tempo e são bombardeados diuturnamente com as mesmas mensagens que provocam no não crente a curiosidade e o interesse pela iniciação sexual. A pregação da castidade, da preservação para o casamento deve continuar sendo de forte apelo em nossas igrejas. O desemprego O desemprego é outra questão que assola o país. Desde as novas ideias da globalização, com a pregação do neoliberalismo, a terceirização nas indústrias como recurso para contenção de despesas – e o Brasil experimentou isto a partir de meados da década de 80 – que o índice de desemprego no país só fez crescer. Muitos funcionários de estatais foram estimulados a ingressar no PDV (Programa de Dispensa Voluntário) e, em assim fazendo, reuniram suas economias de anos para aplicá-las num negócio próprio. Houve um crescimento do comércio, mas muitas destas micro-empresas, como o Sebrae mesmo atesta, não tiveram vida útil de mais de um ano, mergulhando muita gente no desespero. O desemprego tem sido apontado como uma das causas do crescimento da marginalidade nos grandes centros brasileiros. Não tendo de onde extrair sua fonte de sustento, muitos pais desesperados afundam-se na marginalidade para sobreviver. O desemprego é cruel, pois leva ao endividamento e atiça o desespero. A fome e a miséria A presença da fome e da miséria no Brasil também é de assustar. Principalmente nas áreas faveladas das grandes cidades e nos bolsões de pobreza do Norte e Nordeste. É preciso, porém, definir a questão. Como disse César G. Victora, consultor da Organização Mundial da Saúde: "Não se pode confundir pobreza com desnutrição e com fome. Fome é rara, desnutrição é intermediária e pobreza é comum" (Ultimato, nº 282, pág. 14). No Brasil há os três níveis de situação. Não vivemos no país uma fome alarmante como em certos países da África, mas não podemos negar que ela está presente em certos nichos localizados. Já a desnutrição é mais perceptível e a pobreza nem se fala. A pobreza no Brasil é algo estarrecedor. Ela é decorrente da má distribuição de renda nacional. De que adianta ter um PIB considerado dos maiores do mundo se esta riqueza não é compartilhada pelos que estão na base da pirâmide social? A igreja precisa se voltar para esta realidade social difícil e procurar assistir os desvalidos deste mundo. A violência urbana Situação social aflitiva é a vivida nos grandes centros urbanos, onde já não se pode mais ter as janelas da casa abertas, circular com tranquilidade pelas ruas e estar-se de maneira descontraída com os vizinhos. A vida se tornou árida para muita gente, desde que se instaurou um clima de banditismo nas cidades brasileiras. Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Belo Horizonte são as cidades onde esta realidade se instalou de forma abusiva. A qualquer momento pode-se ser alvo de uma bala perdida e ter a vida ceifada. A violência, porém, divide-se em subespécies: os assaltos, roubos, pequenos furtos, invasão de residências, sequestros, brigas de trânsito, propinas obrigatórias, extorsões nos sinais de trânsito ("flanelinhas", "trombadinhas", mendigos e derivados), achaques nas repartições públicas, entre outras formas de violência que se vive hoje. Como cristãos somos pregoeiros da paz. Não podemos de forma alguma ser coniventes com esta onda de criminalidade e, muito menos, de alguma forma, contribuir para o seu incremento. Sigamos a recomendação bíblica de, no que depender de nós, estarmos em paz com todos os homens (Rm 12.18; Rm 8.6; Rm 14.19; 1Co 7.15; 2Co 13.11). . Aplicações para a vida Vamos concluir nosso estudo, mostrando de que maneira podemos contribuir como igreja para amenizar os problemas sociais de nosso país. 1ª) A família precisa estar precavida contra os males deste mundo - Não podemos ser ingênuos ou irresponsáveis a ponto de acharmos que nada disso tem a ver conosco. Somos responsáveis por nossos familiares e precisamos alertá-los e protegê-los das investidas satânicas. A melhor forma de filtrar a influência negativa do mundo é exercer a influência positiva do evangelho dentro de casa. Um boa convivência, com diálogo, respeito, consideração e amor em muito contribui para o enfrentamento deste mundo perverso. 2ª) A família precisa saber lidar com o instinto de preservação da espécie - Muitos pais pecam por não disciplinarem corretamente seus filhos, passarem panos quentes sobre seus erros e até mesmo darem mau exemplo dentro de casa. Quando acobertam os erros dos filhos estão estragando suas vidas. O ridículo da defesa dos próprios interesses em oposição ao que seria o ideal divino (1Co 13.5), é que na ânsia de proteger, tornam vulnerável; de ajudar, atrapalham; de consertar, estragam. Pais estragam seus filhos quando encobrem seus erros e os superprotegem como se fossem bibelôs delicados, que podem quebrar-se a qualquer momento. Quando agem assim, por paradoxal que possa parecer, é evidência de falta de amor. LEITURAS DIÁRIAS segunda - Hebreus 13.4 terça - Levítico 18.6-21 quarta - Levítico 18.22-30 quinta - Mateus 19.13-15 sexta - Mateus 6.1-4 sábado - Mateus 25.31-46 domingo - Romanos 12.9-21

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