terça-feira, 2 de agosto de 2011

Uma igreja que combate o império das trevas

Texto bíblico: Efésios 6.10-18


Introdução:
A igreja entra nessa guerra consciente de sua vitória (Mt 16.18b). Seu
Senhor deu-lhe a garantia (1Co 15.57). Contudo, a batalha é monumental, pois não lutamos contra a carne e o sangue, mas contra as hostes sobrenaturais da maldade
(Ef 6.12). Temos que enfrentar um mundo que está no maligno (1Jo 5.19), marcado por problemas, desencontros, sofrimentos, violências, conflitos, tragédias, corrupção
e crimes ambientais que destroem a natureza, onde as pessoas vivem assustadas, angustiadas e cheias de incertezas. Mas é este o mundo pelo qual Jesus veio e, por ele, deu a sua vida (Jo 3.16).
A ideia de guerra e campo de batalha aparece nesta segunda parte do capítulo 6 e não em toda a Epístola aos Efésios. Sendo indispensável para combater esse império das trevas, a propagação do evangelho, único capaz de eliminar as guerras entre os homens, promover a paz espiritual (Rm 5.1), viabilizar um ambiente cordial no Corpo de Cristo (Ef 6.1-9) e expandir o domínio de Deus sobre as pessoas, promovendo reconciliação com Ele (2Co 5.17-19).

I – Conhecendo o seu inimigo

Nossa luta é contra forças crueis e poderosas que se empenham por agredir a
Deus, o seu Reino e a todos quantos foram alcançados e libertos pela graça redentora de
Jesus.
Pertencemos a dois mundos: espiritual e material. Daí, sermos atacados por essas forças invisíveis, mas perceptíveis, que ameaçam e promovem grandes males.
Satanás é o estrategista dessa guerra, ele mina o campo de batalha com os explosivos da mentira, da sedução, da ilusão, do desejo desenfreado e do engano. É o grande patrocinador das obras da carne (Gl 5.19-21); age de forma traiçoeira e perspicaz (Lc
4.1-13; Ap 12.9) e faz camuflagens para enganar (At 13.9-11; 2Co 11.3,4; 3Ts 2. 9,10).
Esse poder maligno arrasa a vida humana, escraviza e almeja tê-la como sua contínua morada (Mt 12.43-45), além de obscurecer o entendimento (Ef 4.18), distanciar de
Deus, degradar a vida e procurar devorá-la (1Pe 5.8). O inimigo a ser derrotado, o
Diabo e seu exército de forças demoníacas, são ferozes. Na linguagem do apóstolo
Paulo devemos nos armar contra os principados, as potestades, os príncipes das trevas, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Ef 6.12; Rm 8.38,39; Cl 1.13).
O Comandante do império das trevas é falível, não possui os atributos da onisciência, onipotência, onipresença e imutabilidade, que são exclusivos de Deus, incomunicáveis a qualquer ser. Mas isso não o torna menos implacável. Ele tem o poder da morte (Hb 2.14), age por intermédio dos seus demônios em todo o lugar, muda suas táticas para alcançar seus planos maléficos, é organizado em suas estratégias para prometer o que não pode cumprir (Lc 4.6), para oprimir (At 10.38), para armar ciladas
(Ef 6.11), para atrapalhar a propagação do evangelho e afastar da fé (At 13.4-12). Seu alvo é derrotar o povo de Deus, e para isso ele se articula de todos os meios visando conseguir o seu intento. Só que não ficará impune, sem a sua recompensa (Ap 20.10).

II - Resgatando vidas do poder do pecado

O salário do pecado é a morte e a vida eterna é o dom gratuito de Deus, em
Cristo (Rm 6.23). Só por meio d’Ele há libertação (Jo 8.32,36), redenção e remissão dos pecados (Cl 1.14; At 26.18). Ele é o meio de resgate, mediador entre Deus e os homens
(1Tm 2.5) e viabilizador da promessa da eterna herança (Hb 9.15).
Paulo é enfático ao descrever o estilo de vida de quem se encontra à margem da graça salvadora e vivificadora de Cristo, afirmando que os tais estão mortos nos seus delitos e pecados (Ef 2.1). Isto significa que sem Cristo a humanidade está espiritualmente perdida, separada de Deus, morta, não tendo a percepção de que o verdadeiro sentido da vida suplanta a existência finita do corpo (Gn 3.19; Ec 12.7). É terrível, mas o pecado conduz segundo o curso do mundo, debaixo da influência do inimigo de nossas almas e em desobediência, para servir aos desejos da carne e dos pensamentos corrompidos (Ef 2.2,3).
Para o apóstolo, o poder transformador exercido por Cristo e comunicado à sua igreja sobrepõe-se às forças das trevas e alcança o gênero humano em sua integral dimensão. Pois aprouve a Deus salvar o homem pela loucura da pregação (1Co 1.21).
A pregação do evangelho é plano divino de resgate da vida humana, pois conduz a aceitação de Jesus (Rm 10.8-17), que derruba as barreiras da separação (Ef 2.13-16) e nos submete ao seu jugo suave (Mt 11.29,30). Sendo Ele rico em misericórdia e movido pelo seu imenso amor, nos ressuscitou para uma novidade de vida, nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo, mostrando a suprema riqueza de sua graça e sua bondade infinita (Ef 2.4-7), destruindo o domínio do pecado (Rm 6.14), por meio do seu sacrifício no Calvário.

III – Usando armadura de Deus

O império das trevas é a esfera onde Satanás “manda” e o pecador vive. É lugar de arbítrio, de impulsos e vontades insaciáveis, onde vale tudo, por ser sem leis, sem ordem, sem respeito, sem amor, sem temor, onde o ladrão vem para cumprir a sua função (Jo 10.10a) e tentar desfazer a criação de Deus. Nesse império, Satanás dá a impressão ao homem de que ele pode fazer o que deseja, mas ai de quem ousar pensar diferente, pois será pressionado com fúria para cair.
Não dá para enfrentar esses inimigos sem comando e munição à altura. A orientação bíblica é que sejamos revestidos de toda a armadura de Deus (Ef 6.11), meio de resistir às ciladas, astúcias ou enganos do diabo. A ideia central aqui é que precisamos de um equipamento divino, completo, pois nosso inimigo é violento, de sorte, que devemos usar tudo que Deus nos disponibiliza para nossa luta defensiva e ofensiva. A armadura transmite a ideia de completude, poder de Deus que precisa ser uma realidade plena na vida dos seus filhos, para que eles triunfem, vencendo este conflito visível e invisível de planos enganosos e de investidas astuciosas. De acordo com Efésios 6.13-18, o apóstolo dos gentios apresenta uma descrição das armaduras: cinturão da verdade, caráter firme, ilibado e aliado ao entendimento iluminado pelo Espírito; couraça da justiça, vida santa para dar suporte ao enfrentar as críticas e perseguições; escudo da fé, recurso para repreender os ataques do maligno; pés calçados, para desenvolver a trajetória em obediência ao Senhor, levando a preciosa semente; capacete da salvação, para guardar os pensamentos e guiar nos combates, desenvolvendo a vitória que Cristo já concedeu, impedindo que prevaleçam desejos egoístas e pecaminosos; espada do Espírito, para avançar na batalha com a Palavra de Deus na mão, no coração e na mente (Hb 4.12). Sendo a dependência fator primordial para que o manejo da armadura seja exitoso, melhor dizendo, essas armas precisam ser utilizadas em oração.
De nós mesmos não somos capazes, nem alcançaremos absolutamente nada, mas envolvidos pelo poder de Deus, utilizando as suas armaduras somos imbatíveis (Fp 4.13; Ef 1.19; 3.20), enquanto reconhecedores que a glória não será nossa, os méritos não serão nossos nem nos pertence a grandeza da vitória, mas a Jesus, Rei dos reis e
Senhor dos senhores, e nós, por sermos d’Ele, nos alegramos com as conquistas do
Reino, pois o poder das trevas só será combatido na força do Senhor.


Para pensar e agir

O mundo está no maligno, mas não pertence a ele (Sl 24.1,2). Como igreja do
Senhor, temos um compromisso com este mundo: apresentar a mensagem do evangelho que destrona o pecado e traz o brilho da glória de Deus.
Cada salvo é um carregador de luzeiro (Fp 2.15) e aonde chega a luz de
Cristo as trevas são dissipadas (Jo 8.12; 9.5;12.46).
É na Palavra que conhecemos o nosso inimigo, recebemos as instruções para combater na batalha contra o império das trevas e nos vestirmos da armadura de Deus para resgatar vidas, tirando-as do reino das trevas e levando-as para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13). Como usar a armadura de Deus? A batalha é cruel! O desafio é por um fortalecimento continuado.


Leituras Diárias

segunda-feira – 1Coríntios 15.21-26
terça-feira – Efésios 1.17-23
quarta-feira – Colossenses 1.10-14
quinta-feira - – Colossenses 2.12-19
sexta-feira – 2 Timóteo 3.1-5
sábado – 1João 4.1-6
domingo – Romanos 1.16-17

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
Igreja Batista Ebenézer. Uma igreja que AMA você!