terça-feira, 5 de abril de 2011

JOÃO BATISTA – O ENVIADO DE DEUS

TEXTO BÁSICO: Lucas 3.1-20; João 1.6


Ele é conhecido como o precursor do Messias. Sua família, seu nascimento e o seu nome já nos causam profundo impacto. Foi um homem extraordinário, da linhagem sacerdotal, pois seus pais, Isabel e Zacarias (focalizados na lição anterior), também o eram.
Seu nascimento foi miraculoso, pois em condições normais ele não poderia ter nascido; seu nome também merece consideração, pois não havia ninguém em sua família com esse nome, surpreendendo a todos (Lc 1.59-63). João significa: “Javé é gracioso”, portanto ele já nasceu tendo sobre si a maravilhosa graça de Deus.
Entendemos assim que João era diferente de todos, era único. Ele usava roupas curiosas, comia alimentos estranhos, pregava uma mensagem singular aos judeus que invadiam as regiões desérticas para ouvir as suas pregações, geralmente ácidas, porém sempre verdadeiras e poderosas. Era um pregador determinado, corajoso, destemido e confrontador. O tema principal de sua mensagem era: Arrependimento, Fé para o Perdão dos Pecados e o Batismo para os salvos, e alguns estudiosos concluem que pela ênfase que ele dava à importância do batismo ganhou o apelido de João, o Batizador, ou o Batista.
Mergulhemos na vida e no ministério curto, porém profícuo, desse magnífico homem de Deus, a quem as Escrituras Sagradas não atribuem nenhum milagre. Seu nome não consta na galeria dos heróis da fé, mas foi ele quem pregou, atapetou o caminho para o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, contribuindo para se cumprir uma das inúmeras profecias do profeta Isaías.
Lições que esse gigante da fé nos ensina:

I- ELE TINHA PLENA CONSCIÊNCIA DE SUA VERDADEIRA MISSÃO -João 3.28
Em virtude da sua dinâmica, o seu carisma, o seu desempenho na pregação, e de multidões atravessarem o deserto para o ouvirem, a mídia da época se voltou para ele. Refletores eram acesos em sua direção. Em nossos dias, todos os meios de comunicação estariam voltados para ele. Era a hora de ser feita a maior autopromoção que se podia fazer em toda a história. Ele poderia procurar um horário nobre da época e inaugurar o seu “Show da Fé”, poderia também candidatar-se a deputado, senador, governador ou até mesmo a imperador Romano!
Porém frustrando toda aquela expectativa a seu respeito, ele diz: Eu posso ser até um pregador razoável, tenho lá o meu carisma, sou um modesto conhecedor do Antigo Testamento, mas eu não sou o Cristo e não tenho nenhuma pretensão de sê-lo. Eu sou apenas “Antropos” – ou seja, eu sou apenas homem com as minhas potencialidades, meus defeitos e meus limites. Na realidade “eu sou apenas uma voz que clama no deserto!”. E quanto a Jesus, que vocês querem me colocar acima dele: eu não sou digno nem de desatar as alparcas de seus pés. E Ele, sim, é quem batizará com o Espírito Santo e Fogo! – Jo 1.19-23.
Amado(a), é fundamental que cada cristão saiba o seu lugar, descubra a sua missão com certa urgência (Ef 4.11). Pois caso contrário vai se cansar de fazer a obra de Deus, porém frustrado, porque não agrada nem a si mesmo nem ao próprio Deus.
Saiba, irmão(ã), você não está aqui por acaso, ao sabor do vento, tenha consciência exata da razão por que que Deus o(a) colocou aqui.

II- JOÃO BATISTA TINHA UMA VISÃO AMPLA DO TODO DA OBRA QUE DEUS QUERIA REALIZAR – João 3.29
Um dos maiores defeitos de nosso cristianismo é a nossa diminuta visão de Reino. E aí o diabo se aproveita disso para nos jogar uns contra os outros, com pastores enciumados porque a igreja vizinha está crescendo mais do que a sua; crentes são até orientados a convidarem irmãos de outras igrejas para se filiarem à sua. Enfim, ingenuamente passamos a olhar a igreja tal, a comunidade tal, o pastor tal como nossos inimigos. Tudo isso é algo mesquinho, tacanho, obsoleto e até mesmo diabólico.
No texto em pauta, alguns seguidores de João começaram a tentar diminuir a sua visão ministerial e ao mesmo tempo estabelecer um confronto entre ele e Jesus Cristo. E João, com a ampla visão de Reino, bradou em alta voz: “Eu tenho uma missão a cumprir e uma visão alongada da obra. E tenho certeza de que fui colocado aqui pelo próprio Deus e cumprirei o meu ministério até o fim”.
E com tudo isso em mente prosseguiu João em pleno deserto arrebanhando multidões para o reino de Deus.

III- JOÃO BATISTA DEMONSTROU COERÊNCIA DO PRINCÍPIO AO FIM DE SEU VITORIOSO MINISTÉRIO
Como temos acompanhado a saga desse homem de Deus, que se transformou no maior fenômeno da pregação neotestamentária, ele sempre teve alvos e metas, primando sempre pela coerência de suas mensagens. 1) Sua mensagem era cristocêntrica (Jo 1.15-17), deixando patenteado para todos que Jesus Cristo era o centro de suas mensagens; 2) sua mensagem era ungida, tanto assim que frutificou até no deserto – Mt 3.1,2; 3) mesmo portador de uma mensagem ungida, João não agradou a todos – Lc 3.19,20; 4) João Batista nos ensina que, mesmo sendo enviados de Deus, é possível sofrermos duras e penosas perseguições (Mt 14.1-3); 5) com João aprendemos também que é possível, mesmo como crentes fiéis, passarmos por algumas instabilidades espirituais (Mt 11.1-6); 6) Finalmente aprendemos com esse destemido homem de Deus a sermos coerentes do princípio ao fim (Mt 14.1-12). O texto bíblico mostra o rei Herodes tendo uma relação adulterina com Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, portanto, sua cunhada. Os doutores da lei, os líderes fariseus sabiam disso, mas quem teria coragem de peitar o rei e confrontá-lo com o seu asqueroso pecado? E aí mais uma vez entra em cena o intimorato João Batista, que todos os dias ia para frente do palácio real e com o “rolo” veterotestamentário aberto condenava com veemência os pecados do rei. E por sua vez Herodes ficou acuado e sem saber o que fazer com João. “Ou eu o aprisiono por algum tempo, ou decreto para ele uma prisão perpétua? Ou o levo ao óbito para me deixar em paz?”. Foi quando aconteceu uma festa, Herodias tinha uma filha jovem chamada Salomé e a fez dançar provocantemente perante Herodes, orientando-a no sentido de, quando abordada por Herodes, exigir como prêmio a cabeça de João Batista em uma bandeja. E, lamentavelmente, o estapafúrdio pedido foi aceito. Assim morreu o bravo e destemido pregador!
Como lição final fica a coerência de João: ele poderia mudar o discurso, esmorecer, porém a exemplo de seus antecessores, tais como Elias, Jeremias, Daniel e outros, permaneceu firme, não tirou uma vírgula de seu discurso.

PARA PENSAR E AGIR
. João Batista preparou o caminho para Jesus vir a primeira vez, só que agora compete à igreja de Cristo preparar o mundo para sua segunda vinda. João cumpriu eficientemente o seu ministério. E nós, como noiva do Cordeiro, estamos cumprindo o nosso? Aliás, em Jo 3.20, ele mesmo usa a metáfora do “noivo e da noiva”. É comum alguns cristãos alegarem que Cristo está demorando a voltar. Em uma cerimônia de casamento, geralmente quando há atraso, a culpa é do noivo ou da noiva? Então façamos, irmãos, a nossa parte e preguemos com mais urgência esta mensagem salvífica!
. João Batista marcou e marcará várias gerações por ter tido consciência de sua missão, por ter uma ampla visão da obra de Deus, por adotar a humildade como estilo de vida e sobretudo pela coerência de seu discurso. E nós, como igreja do Deus vivo, que legado espiritual pensamos em deixar para os nossos pósteros?
. Clamemos ao Senhor, para que nos encoraje a vivermos o cristianismo de João Batista para deixarmos caminhos abertos para as gerações que nos sucederem!
LEITURAS DIÁRIAS:
segunda-feira: ...Lc 3.1-10
terça-feira: ...Lc 3.11-20
quarta-feira: ...Jo 1.15-28
quinta-feira: ...Jo 1.29-36
sexta-feira: ...Jo 3.22-36
sábado: ...Mt 11.1-15
domingo: ...Mt 14.1-12; Jo 10.41

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