terça-feira, 1 de março de 2011

EVANGELIZAÇÃOS DOS ENFERMOS

Texto Bíblico: João 5.1-15
Uma pessoa sofrendo sempre será muito receptível, e por isso evangelizar enfermos será sempre uma oportunidade significativa para compartilhar o evangelho de Jesus. A ciência admite que a fé é essencial para a cura.
Falar de Cristo para o doente é algo que requer profunda sabedoria e conhecimento. Muita gente pensa que evangelizar o doente é simplesmente fazer uma visita. Aliás, evangelizar o enfermo exige muito conhecimento e sensibilidade. Há visitas que seria melhor que não fossem feitas, porque não se conhece nada sobre enfermidades e enfermos, nada se sabe sobre o comportamento do doente. Pouco conhecimento se tem sobre as necessidades físicas e emocionais que o enfermo tem. Como falar e compartilhar uma mensagem essencialmente eterna quando o visitado vive na necessidade temporal? Quando que falar do céu faz dessa mensagem um decreto de morte para quem perto dela já se encontra? Evangelização de doentes demanda, além de muita dependência de Deus, preparo e maturidade emocional e espiritual.

1. CUIDADO COM AS FALSAS ESPERANÇAS (v. 4)
O texto diz: ”Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse” (João 5.4). O doente vive numa expectativa de cura. O evangelista, aquele que se propõe fazer a tarefa de ganhar pessoas para Cristo, e de maneira especial e específica procura doentes para lhes falar de Cristo, precisa ter o cuidado para não levar ao doente falsas esperanças quanto à sua enfermidade. Não pode declarar cura de maneira leviana e inconsequente. Precisa ter todo o cuidado para não atuar dando sugestões para o enfermo ou para a família a respeito de possíveis receitas mirabolantes de curas. Na cultura em que vivemos em que todo mundo gosta, deseja e apresenta suas experiências com enfermidades, é preciso todo o cuidado. Também no desejo, no afã de levar uma palavra encorajadora, muitas vezes extrapolamos, declarando cura ou apresentando uma esperança temporal, momentânea em situações em que o melhor é agir com sabedoria e inteligência diante de um quadro que requer prudência e cuidado nas palavras a serem proferidas.

2. TODO DOENTE VIVE NUMA GRANDE EXPECTATIVA (v. 7)
Diz o texto: “O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim” (João 5.7). Esta é a situação do enfermo. Expectativa de sua cura. Isso precisa ser observado. Enche-se de esperança e espera ser curado. Nesse momento, geralmente é que ele desenvolve todo o tipo de fé, crendice e superstições. Muitas vezes a situação o leva a depender de Deus. Mas há situações em que suas expectativas não são tão boas assim. É preciso que o evangelista de enfermos saiba usar esse momento para falar da grande e maior expectativa. É um momento oportuno que Deus nos dá para falarmos de Cristo que em outra situação talvez não tivéssemos. Não se esqueça de que o doente vive debaixo de uma expectativa. É preciso, portanto, anunciar aquilo que a sua vida mais precisa: a paz e salvação que Jesus dá.

3. TODO DOENTE VIVE NUMA SITUAÇÃO DE AVALIAÇÃO (v. 5)
João 5.5: “E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo”. Imagine um homem naquela situação durante 38 anos. Quantas vezes ele pensou na morte e também na cura. O doente vive se autoavaliando sempre. Essa atitude ele toma pelas informações que lhe são passadas pela equipe médica, pelos familiares, mas também pelo que ele observa. O emocional de quem visita é observado pelo enfermo e ele começa a se avaliar também por esses dados.
A enfermidade, então, chega e passa a ser uma pausa na vida da pessoa. Ela desliga-se do mundo agitado, sem tempo para nada, e começa agora um processo de autoconsciência, que pode envolver sua vida, sua enfermidade, as coisas ao seu redor e as coisas que ela ouviu ou deixou de ouvir quanto à salvação. A doença obriga a parar. É hora de parar e pensar. Buscar forças para enfrentar o momento delicado da vida. Afinal, a doença é sempre uma ameaça à vida, à existência. É na hora da enfermidade que muitos chegam à conclusão de que não prepararam nada para enfrentar a delicada situação. Essa avaliação pode levá-lo a reconhecer sua fraqueza e fragilidade diante da vida e das circunstâncias. É aí, portanto, caros evangelistas, que podemos intervir com a preciosa mensagem de salvação, bendita Palavra do evangelho. O doente tem sede de palavras que possam dar-lhe alento.

4. TODO DOENTE VIVE NUM CLIMA DE AGONIA (v. 5)
Diz João: “E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo” (João 5.5). A grande luta entre o corpo e a alma. O doente pode sofrer pavores, conflito, medo. A grande dor do doente não é apenas física. Essa geralmente pode ser aliviada por um analgésico prescrito. A grande dor é o desespero de ver a sua vida indo embora. Isso traz agonia e sofrimento que os médicos não podem aliviar. Mesmo quando existe uma equipe multidisciplinar que envolve profissionais na área do emocional, a experiência de agonia do doente vai além das técnicas de terapias avançadas. É uma questão que transcende. É a grande necessidade nata na vida do ser humano de estar bem com o seu Criador. É hora de oferecer Jesus, que diz: “Vinde a mim todos que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei” (Mateus 11.25). Jesus é o alívio certo para agonia de todos.

5. TODO DOENTE PRECISA DE COMPANHIA (vv. 6,14,15)
Diz o texto: “E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?” (João 5.6). A companhia pode ser o bem precioso do enfermo. Ter alguém com ele, perto, dando-lhe atenção e pronto para atender suas necessidades é algo de grande importância e relevância para o doente. Precisa ser uma companhia doce, amiga, amável, prestativa, sábia e inteligente. Há quem fale o tempo todo de doenças quando está junto do doente. Não é hora para tal. Há quem vá além falando de experiências suas ou de outros quando passou pelo vale da sombra da morte. A presença que agrada e satisfaz e é benéfica para o doente é aquela que em meio à enfermidade e procedimentos médicos sempre tem uma palavra recheada de alento. Não se pode esquecer que a companhia agradável nem sempre é aquela que fala o tempo todo. Há momentos, e não são poucos, em que o doente precisa do silêncio. Frases curtas e objetivas fazem bem, mas falar o tempo todo e muitas conversas paralelas podem gerar ansiedade e desconforto. A mais importante e significativa palavra a ser dita por quem evangeliza o doente é aquela que fala da companhia segura, eficiente e eficaz de Jesus, o amigo certo em todas as horas. Jesus promete aos que são seus: “Eis que eu estou convosco todos os dias...” (Mateus 28.20). A companhia de Jesus trouxe conforto, saúde, alegria e salvação àquele homem. “Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda. Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andava. E aquele dia era sábado” (João 5.8,9).

PARA PENSAR E AGIR
Veja o momento de enfermidade de alguém como oportunidade ímpar para falar de Cristo. As circunstâncias emocionais são propícias para falar e apresentar o amor de Jesus.
Procure se preparar para essa tarefa. Ainda que sendo uma grande oportunidade ela precisa ser realizada com eficiência e eficácia. Não basta fazer, é preciso fazer bem.
Entenda e saiba fazer uma leitura inteligente da situação em que se encontra o enfermo e assim apresente uma mensagem clara e objetiva, que pode ser da verdadeira esperança em Cristo, da expectativa duradoura em Cristo, do alento certo e alívio que não se acaba, e da extraordinária companhia agora e na eternidade, que é Jesus.

LEITURAS DIÁRIAS
segunda ...Tiago 5.14,15
terça ...Marcos 1.29-39
quarta ...Marcos 7.24-30
quinta ...Lucas 6.6-11
sexta ...Lucas 8.40-56
sábado ...Tiago 5.14,15
domingo ...João 5.1-15

2 comentários:

Anônimo disse...

Maravilhosa leitura que me abriu os olhos com relação a esta obra que e tão especial pois particularmente me sentia um pouco perdida com relação a este ministério de nos evangelistas com relação ao posicionamento e direcionamento que devemos ter neste momento e fiquei muito feliz ☺ porque a esperança e cristo tanto para nos que estamos com saúde quanto aos emfermos que estaremos com ele por toda a eternidade

Iara Piza Vasconcellos disse...

Obrigada por compartilhar essa matéria sobre evangelizar enfermos. E também por colocar-se como Batista. Achei outros na Internet, mas não se identificavam. Creio ser importante saber a origem do texto, pois tem muito a ver com a doutrina por trás. Cremos que Deus pode curar, mas sem manipulação, e quando e como Ele quiser. Vejo também, claramente, a importância de nos prepararmos para falar com o enfermo, seja ele cristão ou não. Evangelismo pode se mesclar a conforto, pois Jesus é o MAIOR confortador que existe.
Sabedoria para apresentar o evangelho e transmitir esperança, é o que desejo a todos que abraçarem esse ministério desafiador.

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